SOBRE O PROJETO

Think Tank Interfaces

Desde 2022, a rede passou a abrigar também o Think Tank Interfaces, espaço de produção, debate e reflexão desenvolvidos no contexto do projeto de pesquisa: "Rio de Janeiro: entre aceleração algorítmica e catástrofe" desenvolvido no âmbito do Programa de apoio a projetos temáticos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro (Faperj).

Eixos de pesquisa

O eixo investiga como as formas contemporâneas de cidadania emergem da relação entre corpos, infraestruturas e serviços urbanos. A partir do conceito de isonomia territorial, propõe-se compreender a cidade como um meio técnico-político em constante modulação, no qual os colapsos logísticos e institucionais — como o venezuelano — tornam visíveis as dimensões materiais da cidadania e seus regimes de desigualdade. A pesquisa combina análise teórica, estudos de caso e cartografias críticas para explorar a circulação de informação, energia e pessoas entre metrópoles e periferias, articulando tecnologia, política e meio ambiente.

Planejamento estratégico, neodesenvolvimentismo e
ruínas urbanas

O eixo investiga os efeitos do neodesenvolvimentismo fluminense sobre o território metropolitano do Rio de Janeiro, a partir da análise de grandes projetos de infraestrutura — como o Porto de Itaguaí (antigo Sepetiba) e o Arco Metropolitano. Esses empreendimentos, concebidos sob a retórica do planejamento estratégico e da inserção competitiva na economia global, resultaram em paisagens de obsolescência e abandono. O estudo revela como o modelo de crescimento baseado em megaobras, privatizações e parcerias público-privadas produziu ruínas materiais e institucionais, expondo a distância entre o discurso da modernização e a experiência real dos territórios.

Legados urbanos e megaeventos

A cidade pós-espetáculo: usos, ruínas e reinvenções do legado olímpico
O eixo investiga os legados urbanos deixados pelos megaeventos esportivos no Rio de Janeiro, questionando as promessas de modernização e inclusão associadas à Copa de 2014 e às Olimpíadas de 2016. A pesquisa realiza visitas de campo, entrevistas e cartografias críticas em áreas como Deodoro e Barra da Tijuca, revelando a distância entre o discurso do “legado” e as práticas cotidianas de uso e abandono. Entre ruínas esportivas, reapropriações populares e novas formas de gestão pública e privada, o estudo evidencia como o pós-evento reconfigura o espaço urbano e as relações entre Estado, mercado e cidadania.

Favela, cidade e inteligência artificial

Entre o algoritmo e o território: a favela como experimento de linguagem
O eixo propõe uma investigação crítica sobre as relações entre inteligência artificial, cidade e desigualdade. A partir de uma série de diálogos experimentais com o ChatGPT — reunidos nos textos A Cidade, a Favela e a IA e FavelaGPT 1 e 2 —, a pesquisa transforma a IA em objeto e método de reflexão sobre o modo como o urbano é descrito, compreendido e imaginado. A experiência tensiona os limites da máquina e da linguagem humana, evidenciando o que a favela revela sobre o pensamento algorítmico, o conhecimento situado e as novas formas de mediação tecnológica na produção do comum.

Ecologia política e transição ecológica

Entre discurso planetário e justiça ecológica: reimaginar a transição
O eixo aborda criticamente o modo como o pensamento ecológico dominante, centrado em parâmetros globais e tecnocráticos, tende a silenciar as desigualdades históricas, territoriais e culturais da crise ambiental. A partir da ecologia política e da sociologia ambiental, as pesquisas de Andrea Lampis investigam o discurso único da transição ecológica e seus efeitos sobre a governança democrática, propondo uma visão cidadã e situada da sustentabilidade. Articulando teoria crítica e estudos de caso sobre infraestrutura resiliente, o eixo evidencia as tensões entre tecnologia, capital e natureza — e busca alternativas que unam reparação ecológica, diversidade e democracia ambiental.

Educação, trabalho docente e tecnologias

Entre o ensino remoto e a inteligência artificial: o trabalho docente em transformação
O eixo investiga as novas condições de trabalho e de vínculo pedagógico no contexto da digitalização da educação e da expansão da inteligência artificial. A partir da experiência acumulada durante a pandemia, a linha busca compreender como as tecnologias alteram a mediação educativa e a própria noção de autoridade e de cuidado no ensino. O desdobramento do eixo é o Observatório das Tecnologias e da IA na Educação (Edutecia), criado para fomentar o debate público e a experimentação crítica sobre o uso da IA na educação pública.

Trabalho, proteção social e tecnologias digitais

Capitalismo digital e o desmonte da proteção social: tecnologias, controle e resistências
O eixo analisa a reconfiguração da proteção social no Brasil contemporâneo, marcada pela digitalização das políticas públicas e pela adoção crescente de dispositivos de vigilância e gestão algorítmica. A partir da experiência do curso de extensão “Trabalho, proteção social, saúde e meio ambiente hoje”, realizado em parceria entre UFRJ, UFABC, Fiocruz e o Fórum Intersindical Saúde, Trabalho e Direito, a pesquisa discute como o Estado neoliberal transfere a responsabilidade da proteção ao indivíduo, enquanto automatiza e precariza o acesso a direitos. As reflexões revelam as contradições entre inovação tecnológica, desigualdade e cidadania, destacando as estratégias coletivas de resistência e reinvenção do trabalho social.

Interfaces

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Favela GPT – Entrevista ao Chat GPT sobre favela II

Entrevista ao ChatGPT sobre favela[1] conduzida em Maio/Junho de 2025 por Gerardo Silva e Leonora Corsini Apresentação Essa segunda “entrevista”.

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Favela GPT – Entrevista ao Chat GPT sobre favela I

Entrevista ao ChatGPT sobre favela conduzida por Gerardo Silva e Leonora Corsini Apresentação Essa “entrevista” foi realizada entre os meses de abril.

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Infraestrutura Resiliente ao Aumento do Nível do Mar: Debates para

Andrea Lampis 1.      Introdução Desde há milhões de anos que as comunidades humanas têm sido atraídas para as zonas costeiras.

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Ecologia Planetária, Discurso Único e Domesticação da Diversidade

Andrea Lampis (PhD) – alampis@usp.br   “Dissonância cognitiva: o estado de ter pensamentos, crenças ou atitudes inconsistentes, especialmente em relação a.

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Identidade, trabalho docente e pacto escolar: tensões e desafios presentes

Autores: Paula Santos Menezes (Laboratorio ELICO, Université Lyon 2 e Colégio Pedro II) Kelly Pedroza Santos (Colégio Pedro II)  Resumo:.

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As aventuras e desventuras do desenvolvimentismo no Rio de Janeiro:

Gerardo Silva e Leonora Corsini Introdução Começaremos esse relato com uma anedota. No ano de 1996 ou 1997 –não é.

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