2/11/2012, entrevista de Toni Negri concedida aos jornalistas Ariel Pennisi e Adrián Cangi do jornal La Nación, Buenos Aires, Ar. Traduzida pelo pessoal da Vila Vud
Publicação original em português na Rede Castorphoto
É PRECISO VOLTAR ÀS PALAVRAS QUE SIGNIFICAM
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Antonio Negri é filósofo que atravessa as transformações e os debates do século 20 a partir de uma relação especial entre consistência conceitual e militância política. É pensador que rejeita a imagem do intelectual como “profeta” e que, ao mesmo tempo, valoriza a capacidade da multidão heterogênea e dinâmica.
La Nación: Mobilizá-los para dentro e contra o Estado?
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Toni Negri: Sim, para dentro e contra. O problema da liberdade política dos movimentos sociais que aspiram a uma democracia radical é sempre esse. Mas é preciso estar muito atento, porque essa é também a regra dos oportunistas: “metem-se dentro, para depois fazer outra coisa”. Para dentro e contra não são dois movimentos: é um só movimento simultâneo.
[2] VIRNO, Paolo; HARDT, Michael (eds.), “Radical Thought in Italy: A Potential Politics”, Minneapolis, University of Minnesota Press, 1996.