Por Paulo Ricardo Barbosa de Lima1, advogado e líder comunitário em Itaquera (São Paulo).
“Condenar as manifestações, rotulá-las sem compreendê-las é um erro grotesco do PT.”
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Em 2013, milhares de pessoas tomaram as ruas, com cartazes, bandeiras, apitos, e gritos exigentes. A multidão caminhava pelas principais ruas da maior cidade do Brasil. Jovens insurgentes rejeitando o reajuste de 20 centavos na tarifa do transporte público para, logo em seguida, explodir numa polifonia exuberante de causas. A luta, claro, não era apenas por centavos, mas por direitos.
Os sons de helicópteros tomavam o centro da Cidade, os voos rasantes, as sirenes ligadas e um clima de emergência no ar. Em poucas horas, a mídia vociferava contra os vândalos e baderneiros para, logo em seguida, apoiar os protestos, com o intuito de unificar e direcionar sua pauta. Capturá-la.
Participei pessoalmente e de forma autônoma de algumas das mobilizações em São Paulo, presente no estopim da repressão que abriu uma série de manifestações solidárias em inúmeras cidades do país. São Paulo, assim como todas as outras cidades, tem especificidades em suas conexões políticas, em sua vida cotidiana e, talvez por isso, esse relato seja de algum modo interessante.
Em 6 de junho, desviei o caminho da faculdade e, depois do expediente, andei por algumas ruas até alcançar a rua Coronel Xavier de Toledo, ao lado do Teatro Municipal. Já havia uma grande concentração, em sua maioria composta por estudantes e militantes dos partidos de esquerda.
Foi, no entanto, em 13 de junho, que a Polícia Militar interveio no cruzamento da avenida Consolação com a Rua Maria Antônia. Interveio com violência, repressão, bala de borracha, gás lacrimogêneo, socos e pontapés contra tudo e contra todos, cumprindo exatamente a cartilha truculenta tão conhecida na periferia, insuflada pelo governador de São Paulo e pelos editoriais da imprensa escrita.
Algo mudou nesse momento. Depois do acontecimento, um imprevisível se abriu de modo dramático. Uma imensa revolta tomou conta da população que assistiu ultrajada às imagens da violência cometidas por uma polícia que obedece à lógica da ditadura militar, a despeito de um suposto estado democrático de direito. A revolta se transformou em apoio e a mídia, conservadora por excelência, viu-se contra a opinião pública que a todo custo procura manipular, o que a obrigou mudar de posição de maneira descarada.
Os acontecimentos de 13 de junho romperam com a linearidade das manifestações e abriram uma infinidade de novos mundos possíveis. Para a grande mídia, os inevitáveis protestos não podiam mais ser condenados, deveriam, portanto, ser influenciados. A resistência reprimida se multiplicava em mais intensa resistência.
Três importantes momentos nos ajudam a pensar a potência criativa dos protestos, revelando, porém, as tentativas sujas de manipulação coordenada pela imprensa e pelos setores mais retrógrados da sociedade paulistana:
Em primeiro lugar, os protestos surgiram impulsionados pelo Movimento Passe Livre (MPL), movimento social próximo a partidos de esquerda, que defende a antiga bandeira da gratuidade dos transportes, projeto do governo Luiza Erundina (1989-1992), quando tornou-se prefeita de São Paulo pelo PT;
Em segundo, o momento de ruptura se deu no conflito entre a PM e os manifestantes, no cruzamento da avenida Consolação com a rua Maria Antônia, quando a sociedade se revoltou ao assistir à violência policial, declarando apoio aos protestos contra as ilegalidades cometidas. Momento em que se abriu uma brecha por onde passaram inúmeras lutas contra as inúmeras violências cometidas pelo Estado;
O terceiro momento foi justamente a virada do discurso midiático que estabeleceu uma dicotomia: de um lado os vândalos, baderneiros violentos e, de outro, os “cidadãos de bem” que supostamente queriam “mudar o país” pacificamente. Donde surgem os gritos de “o gigante acordou”.
No dia 13, a manifestação havia se concentrado às cinco horas da tarde, em frente ao Teatro Municipal, partindo em direção à avenida Paulista, subindo pela avenida Consolação. A truculência policial barrou a marcha na esquina com a rua Maria Antônia (sim, a famosa rua dos confrontos de 1968). A postura autoritária da PM paulista levou seus agentes novamente a operar de modo avassalador, com balas de borrachas disparadas inclusive contra crianças, contra comerciantes, contra transeuntes, contra estudantes que saíam da universidade.
Imediatamente, a Consolação tornou-se palco de guerra: um dos tantos palcos de brutalidade da polícia militar. As imagens percorreram o país e as lutas se conectaram pela rede, pelos blogues, pelos emails, pelos olhares.
Interessante notar que, em meio às inúmeras formas de repressão e técnicas de pressão da polícia, as marchas e andanças se espalhavam por vários cantos do centro e ruas paralelas à avenida Paulista. É claro que a imprensa estava assustada. A imprensa era alvo de reivindicações por democratização dos meios de comunicação.
Na sexta-feira, 14 de junho, milhares de militantes se conectavam, as informações circulavam por email, Facebook, skype, WhatsApp. Estávamos nos mobilizando como resposta da sociedade contra a violência de estado, o autoritarismo, contra a tentativa de calar-nos. A essa altura, muitos advogados, assim como os centros acadêmicos das faculdades de direito da USP, PUC-SP e Mackenzie, se organizaram para defesa dos direitos fundamentais. Com efeito, a expectativa encheu a juventude – havia cheiro de luta no ar. O desejo estava na rua.
Em 17 de junho, milhares de pessoas tomavam as estações de metrô, milhares de estudantes pularam das salas de aula para as salas das ruas. O Largo da Batata (local de concentração) estava completamente lotado, de modo que os gritos invadiram a estação de metrô e as ruas vizinhas. Sabíamos que os governos já haviam armado um esquema de “segurança” para evitar o confronto. Com certeza mais de 100 mil pessoas nas ruas em marcha múltipla com inúmeras bandeiras, formas de contestação, com sarcasmo, humor, alegria.
A marcha saiu do Largo da Batata pela avenida Faria Lima, centro empresarial de São Paulo. Por lá algumas pessoas desciam dos prédios e aderiam à caminhada, outras, porém sentavam à beira dos edifícios e reclamavam pela impossibilidade de retornar a suas residências ao final do expediente. No caminho, poucas viaturas da PM apenas observando o caminhar cantante da multidão. Alguns drones com câmeras acopladas no ar.
A multidão multicolorida com faixas, cartazes, bandeiras, apitos se dividiu em vários fluxos, por vários caminhos. Três deles se destacaram: os que permaneceram na avenida Faria Lima, os que ocuparam a avenida Paulista e os que prosseguiram pela Marginal Pinheiros em direção à sede da Rede Globo de Televisão e ao Palácio dos Bandeirantes, sede do Governo do Estado.
No percurso, recebemos notícias das marchas no Rio de Janeiro e da ocupação do Congresso Nacional, tendo em vista que a rede encontrava-se congestionada. A multidão vibrou e aumentou os cânticos de protesto!
Com efeito, a imprensa já estava se posicionando a favor das manifestações, a despeito de seus clamores iniciais por repressão. Como bem sabemos, a imprensa no Brasil deixou o campo da crítica, que lhe é legítimo, para assumir uma postura partidária publicando fichas falsas de candidatos à presidência, criando factoides, bolinhas de papel, editando debates e estabelecendo tempos desiguais de cobertura jornalística. A mídia (e de modo marcante a TV aberta) vociferava contra o “vandalismo”, tornando-se amplamente conhecido o episódio em que um conhecido apresentador de programa policial perdeu uma pesquisa realizada ao vivo, a despeito de seus esforços para condenar os protestos. A população apoiava inclusive os atos de violência contra o sufoco do transporte público e a verdadeira violência cotidiana que se realiza nos metrôs, trens e ônibus de São Paulo.
Já em 18 de junho, a prefeitura convocava o Conselho da Cidade e as manifestações pressionavam os portões da sede da Municipalidade. No meio da multidão, alguns avançavam contra a Prefeitura de maneira direcionada. Até que, em 19 de junho, houve a revogação dos atos de aumento da tarifa.
Em 20 de junho, uma nova manifestação. Dessa vez a Avenida Paulista foi tomada em comemoração à vitória política. Entretanto, dois episódios marcaram esse dia. A essa altura, vi pessoalmente jovens de classe média alta subindo de Higienópolis (bairro nobre de São Paulo) para as manifestações na avenida Paulista com cartazes pedindo a redução da maioridade penal e o impeachment da presidenta Dilma.
Em torno das seis horas da tarde, durante a concentração na Avenida Paulista, a juventude petista foi expulsa por grupos de extrema direita. Houve agressão. É importante notar que a JPT, dias antes, havia divulgado nota apoiando os protestos.
Sabemos que o Partido dos Trabalhadores foi forjado nas ruas, em meio às multidões, nas grandes greves, nas comunidades eclesiais de base com apoio de parte da intelectualidade brasileira. Sabemos que tornou-se o maior partido de esquerda do mundo declarando-se de orientação socialista e democrática. O PT, partido das ruas, agora estava no palácio enquanto o povo estava nas praças e ruas.
O que quero destacar aqui é que a virada discursiva da grande mídia abriu caminho para uma maciça campanha antipetista em São Paulo. Os ventos iniciais dos protestos se davam por conta do caos urbano cotidiano, insurgindo-se num segundo momento contra as históricas violências do Estado: os serviços públicos precários, a saúde sucateada, a corrupção crônica, a falência da escola pública etc. A dinâmica dos protestos caminhavam na lógica sociedade contra o Estado e nem de longe reivindicavam o impeachment da Presidenta ou a derrubada do governo.
Ora, a Rede Globo de Televisão dedicou seu horário nobre à cobertura ao vivo dos acontecimentos em São Paulo, cotejando suas imagens com comentários políticos emitidos por seus jornalistas. No dia anterior, circulou pela internet a falsa informação de que o MPL havia convocado as pessoas para que vestissem roupas brancas e estendessem panos brancos nas janelas, além de uma suposta orientação de uso da bandeira nacional.
Obviamente, o PT não compreendeu bem as jornadas de junho, e isto porque continuou perguntando “qual o motivo das revoltas se a qualidade de vida aumentou substancialmente após a chegada do partido ao poder?”, sem notar que a chave de compreensão é outra, afinal, algo mudou nas sensibilidades.
Contudo, no dia 20, já estava clara a atuação de grupos de direita na Avenida Paulista. Expulsa a juventude petista, o confronto se acirrou com os partidos de extrema esquerda. A classe média paulistana também estava nas ruas. De branco e bandeira nacional nas mãos. A mesma que, por vezes, se levanta em tons protofascistas para se opor ao avanço dos direitos humanos, abraçou e reproduziu o discurso da mídia contra o vandalismo, disseminando o ódio.
Para quem não conhece São Paulo, é importante esclarecer que a cidade possui um centro repleto de empresas e grandes edifícios e áreas residenciais mais afastadas que constituem nos seus extremos a periferia (especialmente na zona leste e na zona sul). As classes médias residem em bairros com infraestrutura próximos ao centro. A classe média paulistana historicamente é conservadora, reacionária, inclinada à direita violenta. Ela produz coisas como a frase da estudante de direito Mayara Petruso desejando a morte dos nordestinos, considera Lula analfabeto, diz que Bolsa-Família sustenta vagabundo, aplaude a fala da jornalista que incentiva a ação de justiceiros contra um jovem negro e defende a bala de borracha contra os rolezinhos dos jovens da periferia.
É preciso compreender que as dinâmicas das primeiras manifestações jamais pediram o retorno dos tempos de governo neoliberal ou mesmo um retorno do tucanato ao poder. A classe média paulistana, sim, deseja o retorno do receituário tucano. Os protestos, pelo contrário apontam para a ampliação e o aprofundamento das conquistas sociais. O que se quer é mais! O que se quer é um novo modelo desenvolvimento, um novo modo de fazer-cidade.
Para além do PT, e não meramente contra Lula e o PT. Afinal, o que as desesperadas pesquisas de opinião dos institutos apontaram é que o povo do fundo da periferia e do alto do morro ainda não desceu para os protestos – e no caso específico de São Paulo, este é o eleitorado petista.
Em 20 de junho, enquanto andávamos na Avenida Paulista, notamos que algo estava estranho. Já não havia a incandescência inicial. O MPL se retirou da Avenida logo cedo, também saíram os grupos partidários e alguns grupos anarquistas. Por volta das nove da noite, havia senhores engravatados e senhoras com cachorrinhos e cartazes contra Lula e contra o PT. Quase não havia crítica direcionada ao governo tucano, igualmente criticável.
O edifício sede da FIESP tocava o hino nacional e exibia a bandeira do Brasil em seu telão – o que me fez perguntar se a multidão pode ser fascista?
Já não era a multidão. A multidão é nômade, é centrífuga, é resistência ao capital.
A multidão havia desertado.
Aquilo que estava na Paulista era um amontoado de gente sedentária, concentrados debaixo de uma espécie de nacionalismo, aliados aos bancos da Avenida.
Como petista, faço autocrítica. E é claro que nenhuma das conquistas dos governos petistas apaga os erros do partido no governo. As conquistas sociais não escondem as alianças indigestas com Paulo Maluf, Fernando Collor, Renan Calheiros e José Sarney. Não eclipsa e nem pode eclipsar os lucros exorbitantes dos bancos, o financiamento da velha mídia pelo patrocínio das estatais, a falta de uma reforma política séria, o crescente afastamento dos movimentos sociais e da nova juventude, o caos na saúde pública, a timidez na realização da reforma agrária e as vergonhosas relações com o agronegócio.
Também não esconde o descaso com a Educação pública haja vista o cancelamento de conferências e descumprimento das metas do Plano Nacional da Educação (PNE). Não dá para esquecer Belo Monte, as desapropriações por conta dos grandes eventos, as falas desastrosas do ministro da justiça mandando a polícia reprimir militantes. Não dá para engolir que a Copa vai abrigar em seus estádios milionários parte dessa classe média antipetista, enquanto o trabalhador da periferia (aquele do fundão da zona leste) terá que se contentar em assistir aos jogos pela TV.
Conforme Leonardo Boff apontou: “São 5 mil famílias extensas que detêm 45% da renda e da riqueza nacionais. São elas, via bancos, que emprestam ao governo; segundo os dados de 2013, recebem anualmente 110 bilhões de reais em juros. Para os projetos sociais (bolsa família e outros) são destinados apenas cerca de 50 bilhões”2.
No governo Dilma, especificamente, parece que o debate em torno deste modelo de desenvolvimento está interditado. Há um aumento da tecnocracia, uma aposta em grandes obras e megaventos, em financiamentos pelo BNDES, em detrimento de um remodelamento das cidades, ou melhor, de novo modelo de cidade e de convivência.
Sim, o PT no governo é um verdadeiro andar-na-corda-bamba, equilibrando-se entre seu DNA contestador e suas concessões aos setores conservadores e às elites. É uma potente contradição que abriu bifurcações e interessantes possibilidades no cenário político brasileiro, mas, de alguma forma, isso emperrou. E um dos motivos é que o partido ainda não assimilou as Jornadas de Junho, porque permanece recluso nos gabinetes, em seus afazeres burocráticos. Não percebeu que algo mudou.
Parece-me que essa lufada de vento fresco em nosso escaldante verão expõe grandes mudanças nas formas de luta nesse século 21. Passamos da luta setorial para a luta transversal, passamos do paradigma vertical (que marca os partidos e sindicatos) para o paradigma horizontal das novas mobilizações. Passamos da estrutura organizacional para um corpo sem orgãos (CsO), como dizia Gilles Deleuze (…)
As jornadas de junho mostram que o corrido pouco tem a ver com o MPL. Entramos numa era digital em que as redes sociais cumprem um novo e fundamental papel, e em que o emprego e a renda são apenas mais um dos inúmeros componentes imateriais que tornam a vida suportável.
Numa das reuniões de emergência convocadas pelo partido, muitos condenaram as manifestações confundindo esse primeiro momento de potência com o segundo momento de captura e sedentarismo. Condenar as manifestações, rotulá-las sem compreendê-las é um erro grotesco do PT.
Em 1º de janeiro de 2010, numa edição comemorativa de 30 anos do partido na Revista Teoria e Debate, a deputada Luiza Erundina com muita sensibilidade apontava que estamos num novo ciclo de lutas sociais. Dizia que “O PT cumpriu um papel fundamental na construção do ciclo histórico que, hoje, apresenta sinais de esgotamento, porém, não é mais o mesmo. A realidade brasileira coloca novos desafios, não só para o PT, mas para todas as forças de esquerda e do campo democrático-popular. Um novo ciclo começa a emergir da mesma fonte que originou o que ora se encerra, ou seja, a luta do povo por direitos e cidadania; por justiça e democracia”3
Como Erundina anteviu, a globalização e a revolução tecnológica impactaram as relações econômicas e a composição social do Brasil e consequentemente a sociedade brasileira apresenta, hoje, características diferentes.
Os movimentos de tipo novo são tentativa de ruptura (rejeição e resistência) ao capitalismo. É movimento de recriação de instituições e não do resgate das mesmas.
Hoje, como nunca é extremamente necessária a coragem da autocrítica.
E, talvez o que ainda não esteja muito claro aos velhos marxistas é que a busca por sujeitos políticos de identidade marcada não é o melhor caminho para se compreenderem essas transformações. Ao contrário os movimentos são fluidos, multicausais, descentralizados, autônomos, valorizam as singularidades em rede e recusam a representatividade como único caminho de participação política.
Obviamente, os instrumentais teóricos de muitos intelectuais de esquerda não conseguem captar a beleza e plasticidade desses movimentos que percorrem como nômades vários locais do mundo, o que nos passa a sensação de que apertam os pés em seus calçados ultrapassados. Pois, “os anéis de uma serpente são ainda mais complicados que os buracos de uma topeira”4
Repensar seus referenciais teóricos, sair dos gabinetes para roçar os pés no barro, estranhar-se a si mesmo tornou-se mais do que necessário. Talvez seja cruel, mas sem dúvidas, essa é a saída mais digna e mais revolucionária que o PT tem à sua disposição.
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NOTAS:
1 23 anos, Advogado, bacharel em Direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie membro do grupo de estudos “Direito e democracia na teoria política contemporânea”, líder comunitário no Conjunto Habitacional José Bonifácio, em Itaquera, na periferia de São Paulo. Membro do Fórum Nômade de Educação e Arte. Participou das Jornadas de Junho. Contato: pr.29.lima@gmail.com
[2] Disponível em: <> Acesso em 18.fev.2014
[3]Texto também disponível em: http://www.teoriaedebate.org.br/materias/politica/inicio-de-um-novo-ciclo . Acesso em 18 Fev.2014
[4] DELEUZE, Gilles. Post-scriptum Sobre as Sociedades de Controle, in L ́Autre Journal, nº 1, maio de 1990, e publicado em Conversações, 1972 – 1990; tradução de Peter Pal Pelbart. Rio d e Janeiro : Ed 34, 1992 Disponível em: http://www.portalgens.com.br/filosofia/textos/sociedades_de_controle_deleuze.pdf